A velocidade máxima autorizada nas rodovias federais de Santa Catarina pode passar para 100 quilômetros por hora ainda neste ano. A Polícia Rodoviária Federal (PRF) entende que o aumento do limite - em alguns trechos - reduziria o número de acidentes.A PRF acredita que estes passariam a respeitar mais as indicações de velocidade na região, que tem a maior malha rodoviária do Estado, com 380 quilômetros.
No entanto, não se fala em percentuais de queda, apenas se prevê um trânsito mais seguro. As discussões sobre o assunto começaram a ser mais amplas com o início das operações de seis radares fotográficos por parte da PRF nas rodovias catarinenses.
A chefe da delegacia de Lages, inspetora Rosanna Sbroglio, entende que, na Serra, há condições de aumentar o limite de velocidade para 100 km/h em alguns trechos, a exemplo do que já ocorre em pistas duplas, como na BR-101 e na Via Expressa, em Florianópolis.
Assim, considera que os radares funcionarão como uma fábrica de multas nos locais onde o limite atual é de 80 km/h. Ela destaca uma reta na BR-282, entre Bom Retiro e Lages, com oito quilômetros de extensão.
Na BR-116, por exemplo, é possível trafegar em retas de até quatro quilômetros, também sobre bom asfalto.
– Apenas no último dia da Festa do Pinhão deste ano, 1,3 mil motoristas foram flagrados pelo radar na BR-282. O asfalto é bom, as retas são grandes, então é incoerente permitir o tráfego a no máximo 80 quilômetros por hora, quando 20 quilômetros por hora a mais não farão diferença – explicou.
Os radares fotográficos lêem a velocidade e registram as placas dos automóveis. Para obter imagens nítidas, os aparelhos devem ser focados em uma distância de até 200 metros.
Sem as fotografias, apenas com o laser, pode-se detectar um veículo a até 2,5 quilômetros de distância. Em todas as rodovias federais brasileiras, onde o limite de velocidade é de até 100 km/h, a tolerância é de 7 km/h.
Acima de 100 km/h, a tolerância passa a ser de 7%. Os motoristas flagrados em excesso recebem a multa, em casa, em no máximo 15 dias.
Fonte: Fetrancesc