A tranqüilidade trocada pelo ronco dos motores. O descanso substituído pela velocidade. O Balneário Arroio do Silva recebeu no fim de semana do dia 14 até 17 de fevereiro uma turma que nem pensava em sossego à beira-mar. Uma multidão esteve na arena montada nas areias da praia do Sul de Santa Catarina para ver de perto os pegas da 18ª edição da Arrancada de Caminhões.Desde a primeira edição, em 1986, o evento gradativamente atrai mais público e cada vez mais pilotos, que tentam chegar na frente depois de percorrer uma das três pistas da reta de 600 metros. De acordo com a organização da Arrancada deste ano, cerca de 180 mil visitantes percorreram a estrutura montada na beira do mar e que custou mais de R$ 500 mil. Entre os que estavam na briga pela conquista do primeiro lugar encontrava-se de tudo: competidores que já viraram figurinhas carimbadas e gente que disputava pela primeira vez. Também pilotos da região e outros que percorreram quilômetros para competir no evento de que tanto já ouviram falar.
É o caso de Vilson Daniel da Silva, de 20 anos. Vilsinho, como era chamado durante os dias de disputa, diz que já esteve em pensamento mais de mil vezes em Arroio do Silva, porém somente este ano pôde estar presente. “Sempre me envolvi ajustando caminhões de quem vinham competir aqui, mas somente este ano pude vir”, revela o mecânico que preparou mais de 20 caminhões e competiu na categoria protótipos, uma das novidades do evento em 2008. Apesar de sua profissão passar longe dos caminhões, não esconde o motivo que o fez comparecer na Arrancada. “O que faço não tem nada a ver com este mundo. Sou proprietário de uma confecção de biquínis. E apaixonado por motor”, declara-se. Adorando estar entre caminhões e a velocidade, aponta apenas um defeito na grande festa: “é tudo perfeito, a não ser por um motivo: tem amigo que virou inimigo no fim de semana. A competição transforma as pessoas”, lamenta.
Entre as figurinhas carimbadas que mediram forças na areia do Arroio estava Alexson Daniel. Bileco, como é conhecido por todos na região Sul, de 35 anos, fez sua 10ª aparição na Arrancada de Arroio do Silva. Depois de ter levantado a taça em três edições (2000, 2004 e 2005), estava ansioso para conseguir o tetra. “No ano passado não pude correr porque usei nitrogênio na turbina. Como este ano está liberado, espero o quarto título”, disse entre uma prova e outra. Porém, o piloto Bileco, patrocinado pela Forauto/Ford Caminhões e Retífica Nelinho, vai ter de esperar pela edição de 2009. Neste ano ficou em terceiro na categoria Truck.
Tem novato na pista
Freqüentador das arrancadas no Arroio há seis anos, na edição deste ano finalmente Alan Beber pôde deixar o alambrado para estar dentro da pista. O jovem de Curitiba, 18 anos, esperou tirar a carteira de motorista (AB) para acelerar de dentro da cabine. Auxiliar logístico nos outros anos, não teve muita sorte na categoria standard em 2008. “Vinha sempre pra cá, mas este é o primeiro ano que pude competir. A arrancada está mais competitiva, mais emocionante”, analisa.
Situação semelhante, porém um pouco mais velho, é a do motorista Edmílson Medeiros, do distrito de Rio Maina, de Criciúma. Pilotando pela Salvaro Transportes, foi o primeiro ano dele na pista. “Nos anos anteriores eu vinha para olhar, neste pude competir. Esta edição está mais divertida e, se Deus quiser, vou ganhar”, dizia cheio de otimismo o novato nas arrancadas na praia do Arroio do Silva.
Varela no grid
O jovem Felipe Varela teve pela primeira vez a oportunidade de participar da Arrancada no Arroio do Silva. E ele não se arrepende. “Sabia, por outras pessoas, que o evento era grande. Mas não podia imaginar que era tanto assim”, diz o competidor das categorias Cavalo Mecânico 380 e força livre.
Para Felipe, da Varela Caminhões, de Biguaçu, as competições dentro da pista de 600 metros não passam de um bom motivo para festejar com amigos. “Este meio, aqui na Arrancada, é uma grande confraternização entre amigos. Encontrei vários clientes, mas os negócios será assunto da semana seguinte”, garante.
Apesar de manter o discurso amistoso, Varela foi ao Arroio do Silva disposto a buscar um resultado significativo nas areias praianas. “Desde o início da semana eu testei o caminhão. Tive problemas na caixa de marchas e, depois, na turbina. Cheguei a meter quase 150 km/h na estrada de asfalto”, disse antes das provas. Porém ele, assistido pelo pai, não conseguiu chegar ao pódio nas duas categorias.
O jovem Felipe Varela teve pela primeira vez a oportunidade de participar da Arrancada no Arroio do Silva. E ele não se arrepende. “Sabia, por outras pessoas, que o evento era grande. Mas não podia imaginar que era tanto assim”, diz o competidor das categorias Cavalo Mecânico 380 e força livre.
Para Felipe, da Varela Caminhões, de Biguaçu, as competições dentro da pista de 600 metros não passam de um bom motivo para festejar com amigos. “Este meio, aqui na Arrancada, é uma grande confraternização entre amigos. Encontrei vários clientes, mas os negócios será assunto da semana seguinte”, garante.
Apesar de manter o discurso amistoso, Varela foi ao Arroio do Silva disposto a buscar um resultado significativo nas areias praianas. “Desde o início da semana eu testei o caminhão. Tive problemas na caixa de marchas e, depois, na turbina. Cheguei a meter quase 150 km/h na estrada de asfalto”, disse antes das provas. Porém ele, assistido pelo pai, não conseguiu chegar ao pódio nas duas categorias.