25 de janeiro de 2008

Caminhões seminovos estão em alta no mercado

O aquecimento do mercado de veículos pesados vem trazendo bons resultados ao segmento de seminovos, fato constatado na concessionária paranaense Cotrasa e na catarinense Ediba. Nas duas empresas, que formam o setor Battistella Veículos Pesados vendeu 33% mais veículos pesados desta linha, no segundo semestre de 2007, que nos seis primeiros meses do ano. A tendência de aumento também é observada na comparação do número acumulado entre os meses de janeiro e novembro do ano passado. Nos 11 meses, foram vendidos 200 caminhões, que representaram um crescimento de 16% em relação a igual período de 2006.
Para José Mário Marim, diretor da Battistella Veículos Pesados os seminovos têm permanecido no estoque por menos de 60 dias, prazo considerado curto pelo setor.
A comercialização de seminovos é puxada, especialmente, por pessoas físicas que, em novembro, responderam por 55% das vendas deste segmento, percentual semelhante ao registrado em outubro, de 50%. Já em setembro elas abocanharam 80%, nas duas concessionárias. De acordo com o diretor, estes clientes são atraídos pelos preços 40% inferiores aos modelos zero quilômetro, em média, além das facilidades de pagamento. “O financiamento pode ser feito em até 48 meses e é a forma de pagamento preferida em 80% dos casos”, destaca.
Marim conta que o excelente estado de conservação dos semi-novos, característica comum entre os veículos de segunda mão comercializados na região Sul, chama a atenção, inclusive, de compradores de outros estados brasileiros. Recentemente, a Battistella Veículos Pesados (Ediba) de Tubarão/SC vendeu para um cliente da cidade de Nova Mutum/MT, que fica no Norte mato-grossense, há mais de dois mil quilômetros de distância. “Ao constatar que havia a disponibilidade de um caminhão no perfil desejado, o cliente solicitou as fotos e fez a compra. Ele virá de avião buscar o produto e voltará para casa de caminhão”, exemplifica.
O diretor afirma que o prazo médio da renovação de veículos, para quem prefere novos, é realizada, em média, a cada cinco anos. Ele salienta, entretanto, que com as tecnologias utilizadas atualmente pelas fabricantes, um caminhão com esta idade é muito parecido com um zero quilômetro e que comprar usados tem se tornado cada vez mais um bom negócio.
A segurança de comprar veículos com qualidade e procedência, garantias dadas pela concessionária por um prazo mínimo de três meses, comprovados em nota fiscal, é outro motivo que tem trazido cada vez mais consumidores às revendas do grupo Battistella, que vende multimarcas na área de seminovos. “Se um produto tiver qualquer problema, ele normalmente aparece antes dos três primeiros meses. Entretanto, com a revisão feita pela concessionária, o índice de retorno é muito baixo, o que tranqüiliza o comprador”, finaliza.
Mas a Cotrasa não é só venda de caminhões. Preocupada com a preservação do meio ambiente, a empresa investiu R$ 300 mil em equipamento que reduzem poluentes. Foram adquiridas duas cabines de pintura para a matriz comercial da empresa, localizada em São José dos Pinhais/PR. Os equipamentos são novidades no Brasil e absorvem os resíduos gerados durante o procedimento, além de dispensar o consumo de água. Com o moderno sistema de aquecimento e ventilação dos compartimentos, a empresa também ganhou em produtividade e diminuiu o tempo de espera do cliente. O processo de secagem, que antes levava, em média, 42 horas, agora é concluído em apenas duas.

Fonte: Jornal Estrada