28 de maio de 2007

Scania chega aos 50 anos em ritmo recorde

Produção em 2007 alcançará o total de 23 mil caminhões e ônibus, 142% a mais do que em 2003. A Scania Latin America comemora 50 anos de atividades no Brasil em julho deste ano em ritmo aceleradíssimo de produção. Fechará 2007 com 23 mil veículos produzidos - de longe o melhor número de sua trajetória no País. O volume é muito acima da previsão feita em outubro de 2006, que era de montar 19 mil veículos.
Do total fabricado, 72% serão destinados ao exterior e somente 28% ficarão no Brasil. Em 2006, a empresa exportou 65% da sua produção (que foi de 18.500 unidades) e vendeu 35% no País.
Além da carteira repleta de pedidos para o exterior, a empresa tem o desafio de atender o mercado brasileiro. Eriodes Batisttela, dirigente da Cotrasa e Ediba, concessionáris que vendem 20% dos caminhões da marca, diz que nunca viu uma demanda tão aquecida. "Temos pedidos firmes que vão até dezembro", disse. "Vamos produzir em dois turnos para atender o Brasil e o exterior", afirmou Christopher Podgorski, diretor-geral da Scania Latin America.
A fábrica de São Bernardo do Campo (SP), com caoacidade de produzir 10 mil veículos por ano, opera hoje com o dobro, após concluir em 1998 a etapa de investimentos de US$ 300 milhões.
A produção total, que em 1998 foi de 8.500 veículos - 80% de caminhões e 20% de ônibus -, teve uma redução para 7.200 unidades por causa da desvalorização do real. Mas em 2000 os volumes foram recuperados, com a montagem de 9.300 veículos.
Após reajustar os preços em 25% para recuperar prejuízos, a empresa enfrentou retração em 2002 - e a produção caiu para 5.700 unidades. Em 2003 voltou a recuperar os volumes, chegando a produzir 9.500 veículos, dos quais 50% foram vendidos no mercado interno e o restante no exterior.
Hoje, mesmo com o mercado interno aquecido e dólar desvalorizado, a Scania mantém a estratégia de exportação para atender a alta demanda do mercado europeu. Ao mesmo tempo, neste primeiro quadrimestre as vendas no País cresceram 31,8% em relação a 2006.Para chegar à produção mundial de 100 mil unidades em 2010, o presidente mundial da Scania, Leif Ostling, já anunciou que vai investir US$ 292 milhões (2 bilhões de coroas suecas) nas quatro fábricas, instaladas no Brasil, Suécia, França e Holanda. Neste ano, a produção global chegará a 80 mil unidades de caminhões e ônibus.
Dentro do processo de expansão global, a Scania informou em fevereiro deste ano a aquisição das instalações industriais de componentes de transmissões da General Motors, que fica em Södertälje, Suécia, cidade em que está sediada. A incorporação, segundo a companhia, possibilitará a Scania aumentar a capacidade de produção de componentes para motores e começar a produção de sistemas de injeção para motores. A montadora pretende aumentar a produção para atender a demanda do Leste Europeu, incluindo a Rússia.
A marca Scania entrou no Brasil pelas mãos do Grupo Vemag - que de 1951 a 1959 montou e vendeu caminhões e ônibus suecos. A Scania, que em 1959, inaugurou a fábrica de motores, no bairro do Ipiranga (SP), a partir de 1960 passou a produzir integralmente seus caminhões e ônibus, ainda no Ipiranga. A fábrica de São Bernardo do Campo, iniciada em 1960, foi inaugurada em 1962. Foi a primeira unidade fora da Suécia. Em 1965 a empresa exporta seu primeiro caminhão o L 76 para o Uruguai e, em 1969, estréia a exportação de componentes para a Suécia.
O produto mundial foi introduzido no Brasil muito antes da globalização da economia com a finalidade de ganhar escala e elevar o padrão dos produtos. As leis de emissões - que não são uniformes mundialmente - trouxeram flexibilidade à padronização tecnológica e abriram mercados de exportação aos mercados com exigências assemelhadas às do Brasil.

Fonte: Gazeta Mercantil