22 de maio de 2007

Navegantes inicia operações em julho

O Porto de Navegantes, em Santa Catarina, o maior investimento privado do gênero no Brasil, de cerca de R$ 500 milhões, entrará em operação na primeira semana de julho, um mês antes do previsto no cronograma oficial da obra. "Quanto maior a demora para começar a faturar, mais aumentam os custos de administração", justifica o diretor-superintendente técnico da Portonave S.A. Terminais Portuários de Navegantes, Gabriel Ribeiro Vieira. Segundo ele, a previsão de faturamento até o final deste ano é da ordem de US$ 30 milhões.
Para adiantar em um mês o funcionamento do empreendimento, o porto recebeu, ontem, o primeiro navio a atracar no terminal, o Panagia, da empresa dinamarquesa Combi Lift, que trouxe os primeiros equipamentos de grande porte - dois Móbile Harbor Crane LHM 500-S, guindastes usados na movimentação de cargas.
O representante no Brasil da Combi Lift explica que o transporte feito especialmente para o terminal catarinense é algo raro no mundo devido ao custo do transporte. "Temos a necessidade de que esse equipamento esteja funcionando o mais rápido possível", afirma Vieira. Os guindastes devem ser descarregados no dia seguinte à chegada do navio, em um período de 48 horas e uma semana após, estão prontos para a operação.
A embarcação saiu de Rostock, na Alemanha, no dia 30 de abril rumo a Navegantes (SC). Cada Móbile Harbor desses pesa cerca de 500 toneladas e, de acordo com dados da Liebherr, fabricante do maquinário, os dois equipamentos destinados ao Porto de Navegantes vêm praticamente montados.
Além dos dois equipamentos que farão parte do Porto de Navegantes, existem somente nove peças iguais em toda a América Latina. Os Móbile Harbor Crane LHM 500-S têm capacidade para levantar até 100 toneladas em over, em média 30 contêineres por hora.
O novo porto de Santa Catarina está localizado no litoral norte do estado e será um dos mais modernos da América Latina. O cais terá 900 metros, 12,5 metros de calado, quatro berços de atracação, capacidade de estacionamento para 150 veículos e uma retroárea de cerca de 270 mil m² na primeira etapa - 600 mil m² no total. A movimentação de cargas deverá atingir um milhão de TEUs (unidades equivalentes a 20 pés de comprimento) por ano.
A construção do porto mantém, atualmente, 400 empregos. Até o término das obras estima-se que sejam gerados mais 250 empregos diretos e 2 mil indiretos.

Fonte: Gazeta Mercantil